ITG - Instituto Teológico Graça
Frutificando pela Intimidade com Deus
“Como dar Frutos para Deus”
DISCIPULADO
Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus. (1 Coríntios 10:3)
Em “Lançando um Alicerce Firme”, vimos as mudanças que Deus fez em nossas vidas quando nos tornamos seguidores de Jesus. Vimos como Deus:
- Nos redimiu – Ele pagou o preço por nosso pecado por meio de Sua morte na cruz, nos libertou da escravidão do pecado e nos perdoou (Rm 3:24; Ef 1:7). Somos declarados inocentes diante de Deus (justificação).
- Nos regenerou – Ele mudou nossa pessoa interior. Nascemos de novo espiritualmente e nos tornamos pessoas novas (2Co 5:17), iniciando o processo de nos conformar à Sua imagem (Tito 3:5) (santificação).
- Nos reconciliou – Ele restaurou nosso relacionamento com Deus que foi perdido por Adão e Eva.
Em “Caminhando com Cristo”, vimos como o Espírito Santo atua em nossas vidas por meio das Disciplinas espirituais. Essas são práticas que nos colocam em posição de crescer em nosso relacionamento com Deus.
As Disciplinas são:
- A Palavra – Como ouvir a voz de Deus lendo, estudando e meditando nas Escrituras.
- Adoração – Como experimentar a alegria e a satisfação de Sua presença em nossa vida diária.
- Oração – Como falar com Deus sobre tudo.
- Comunhão – Como interagir com outros seguidores de Jesus
Chamamos essas disciplinas de “raizes” porque nos ajudam a desenvolver uma maior intimidade com Deus.
As disciplinas de “frutos” são o resultado da nossa intimidade com Deus. São elas:
- Amor e comunhão – Como nossa intimidade com Deus influencia nossos relacionamentos, especialmente com os outros seguidores de Jesus?
- Administração – Como nosso relacionamento com Deus influencia a maneira como usamos os recursos que Ele nos confiou?
- Evangelização e discipulado – Como trazemos outros para uma amizade com Deus e como aprofundamos nossa caminhada com ele?
- Santificação – Como viver uma vida de obediência pelo poder do Santo?
Jesus disse: “Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” (João 15:5)
“Caminhando com Cristo” foi escrito para ajuda-lo a desenvolver as práticas espirituais que levam a uma maior intimidade com Deus. Esses estudos são nos ajudam a expressar de forma prática nosso relacionamento com Deus no dia a dia. Há várias perguntas que podemos fazer:
O que é santificação?
Santificação significa literalmente se tornar santo. É o processo pelo qual Deus purifica nossas vidas, dando-nos progressivamente a vitória sobre a prática do pecado. No momento em que nos tornamos seguidores de Jesus, Deus começa a trabalhar em nossas vidas para nos conformar à imagem de Jesus. Isso acontece pela graça de Deus à medida que aprendemos a amá-Lo e confiar nele.
Por que a santificação foi abordada em “Caminhando com Cristo” e não aqui?
A obediência é o fruto da nossa intimidade com Deus, e não a causa. Quando uma pessoa começa um relacionamento com Cristo, ela naturalmente deseja agradar a Deus.
A tendência é chegar com uma lista de “faça” e “não faça”, porque quase todas as religiões têm uma lista de regras para orientar a conduta de uma pessoa.
Os cristãos da Galácia estavam sendo informados por falsos mestres que a maneira de agradar a Deus era seguindo a lei. Paulo fez duas perguntas para eles em Gálatas 3:
v.2 Quero apenas saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da Lei ou pela pregação da Fé ?
v.3 Sois assim insensatos que, tendo começado no Espírito , estejais, agora, vos aperfeiçoando na Carne ?
- A salvação é o resultado da Fé em Cristo.
- Não somos salvos por seguir a Lei
- Nossa santificação vem de seguir o Espírito Santo e não a Carne
O caminho para viver uma vida santa não vem de seguir regras. Ela vem do andar pelo poder do Espírito Santo. É muito importante para você aprender a natureza da verdadeira obediência a Deus, em vez de seguir uma lista de regras.
O “fruto” não deveria vir, naturalmente, de um “sistema de fortes raízes” e da intimidade com Deus?
Portanto, se o fruto vem naturalmente, então não deveríamos precisar ser instruídos sobre isso? Isso parece ter sentido, mas mesmo assim a Bíblia dá conselhos muito práticos para nos ajudar a produzir frutos.
É preciso reconhecer que se não estamos produzindo frutos como deveríamos, ao invés de “nos esforçarmos mais” para fazer o que é certo nós deveríamos focar nossa atenção nas raízes. Reconhecemos que algo não está certo em nosso relacionamento com Deus.
Agora, o Espírito Santo é nosso guia e sempre aplicará os princípios da Lei em qualquer situação em que nos encontrarmos.
Qual é a minha parte e qual é a parte de Deus na minha santificação?
Embora devamos desejar agradar a Deus e fazer parte da santificação, algumas pessoas confiam em seus próprios esforços para levar uma vida obediente. Geralmente isto leva a uma vida de frustração, como observamos na vida de Paulo em Romanos 7:14-24. Nossa força de vontade, sozinha, não é forte o suficiente para vencer a carne, o mundo e o diabo.
No outro extremo, porém, existem aqueles que assumem uma atitude passiva demais. Essas pessoas esperam que Deus os mova para ele, e por isso, deixam de dar frutos para Deus.
Filipenses 2:12-13 diz:
v.12 Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação [santificação] com temor e tremor [com adoração];
v.13.porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como realizar , segundo a sua boa vontade.
- Nossa responsabilidade é desenvolver a nossa santificação por meio da adoração.
- Deus trabalha no nosso querer e então nos fortalece para realizarmos o que é certo.
A verdadeira obediência vem de nossa adoração a Deus. Portanto, nosso objetivo deve ser crescer em nossa intimidade com Deus e amá-lo, nos submetendo a Ele e permitindo que Ele trabalhe em nossos desejos. Nós permitimos que Ele nos fortaleça para fazer a sua vontade. Tenha isso em mente ao descobrir a vontade de Deus para a sua vida diária à medida que você avança neste estudo.
Frutificando na unidade
A Semente: Deus criou o casamento para mostrar a unidade do Pai, FIlho e do Espírito Santo.
Versículo chave: Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne (Gênesis 2:24)
Quais são as qualidades de um casamento excelente?
De que forma o casamento reflete a Trindade Santa?
O Senhor vive eternamente num relacionamento com Ele mesmo. Ele criou o mundo como um reflexo do Seu caráter, assim como um artista se expressa por meio de uma pintura ou escultura. Deus olhou para o que havia feito e disse que era “muito bom”, porque refletia quem Ele é (Gn 1:31).
Ele viu algo que “não era bom”. Havia algum aspecto em Adão que não refletia o caráter de Deus: Adão estava sozinho (Gn 2:18). Adão estava incompleto e precisava de alguém para completá-lo. Era essencial para o homem viver em um relacionamento que refletisse a imagem de Deus. Deus criou Eva de uma parte de Adão e ela completou Adão e eles se tornaram um.
Deus queria que fôssemos um, como Ele, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, são um (João 17:11, 21, 22). Paulo comparou o casamento ao relacionamento entre Cristo e a igreja (Ef 5:31-32). É por isso que o relacionamento conjugal é algo sagrado. Nosso relacionamento com outras pessoas, especialmente nosso cônjuge, se formos casados, é a primeira área para começarmos a dar frutos e glorificar a Deus.
História Bíblica
Áqüila era um judeu nascido no Ponto, uma província que hoje é parte Leste da Turquia. É possível que Áquila tenha sido levado para Roma como escravo e posteriormente foi libertado. Não temos certeza se ele conheceu sua esposa, Priscila, no Ponto ou em Roma. De qualquer maneira, os dois provavelmente se tornaram seguidores de Jesus, enquanto estavam em Roma por meio das pessoas que voltaram para lá após o Pentecostes (Atos 2:10).
Em Roma, os dois trabalharam juntos fabricando tendas, tecendo tecido ou cortando couro e costurando, juntas, as partes. Eles foram forçados a deixar Roma com outros judeus por causa de um decreto do imperador. Eles se instalaram em Éfeso e começaram a fazer tendas novamente.
Nas sinagogas, pessoas da mesma profissão geralmente sentavam juntas. Embora Paulo fosse fariseu, ele ainda assim foi obrigado a aprender uma profissão. Paulo também era fabricante de tendas (Atos 18:4). Paulo, tendo chegado sozinho em Corinto, precisava da companhia deste casal. Ele ficou em sua casa e eles trabalharam juntos.
Quando Paulo planejou iniciar um movimento em Éfeso, Áqüila e Priscila se mudaram para lá para lançar o alicerce, enquanto Paulo ia a Jerusalém. Durante esse tempo, eles conheceram e ensinaram Apolo, que se tornou um importante líder na igreja. Eles também começaram uma igreja em sua casa.
Mais tarde, eles voltaram para Roma e novamente tiveram uma igreja em sua casa (Rm 16:3-5). Não temos certeza de como, mas eles estavam tão comprometidos com a obra do Senhor que arriscaram suas vidas por Paulo. Paulo os chamou de “meus cooperores em Cristo Jesus”. (Rm 16:3).
Várias coisas se destacam:
- O casal se sacrificou juntos. Sabemos que eles se mudaram para Éfeso e Roma para o Evangelho. Eles arriscaram suas vidas por Paulo. Esse tipo de sacrifício mostra que eles estavam unidos em seu compromisso com o Senhor.
- Eles trabalharam em equipe em sua profissão e em seu ministério. Seus nomes nunca são mencionados separadamente.
- Eles se tratavam como iguais perante o Senhor. Embora Áqüila fosse o chefe do relacionamento, sua esposa, na Bíblia, era sempre mencionada primeiro.
Embora existam muitos homens e mulheres excelentes na Bíblia, não há nenhum outro exemplo de casal trabalhando tão intimamente juntos. Suas vidas servem de modelo.
Para estudo posterior: Atos 18:1-3; 18-26; Rm 16:3-4; 1Co 16:19; 2Tim 4:19)
- Como Paulo, Áqüila e Priscila se conheceram?
- Como eles trabalharam juntos como uma equipe?
- Como você acha que o relacionamento deles com Deus influenciou seu casamento?
Considerando sua vida
- Que frutos do relacionamento com Deus em seu casamento você tem visto ultimamente?
- Se você fosse examinar suas “raízes”, você acha que precisa crescer em seu casamento?
- O que você tem feito ultimamente para mostrar seu amor e respeito por seu cônjuge?
Alguns princípios de um casamento excelente:
Primeiro princípio: Quanto mais perto você estiver de Deus, mais próximo você estará de seu cônjuge
No livro de Efésios, Paulo descreve como o evangelho quebrou as barreiras entre dois grupos: os judeus e os gentios. Todo relacionamento tem barreiras, pois existem diferenças entre nós. Isso é especialmente verdadeiro no casamento, porque homens e mulheres são diferentes e existem muitas oportunidades para dificuldades e frustrações, vivendo sob o mesmo teto. Vamos aplicar os princípios do trecho de Efésios 2:13-18 ao casamento.
v.13 Mas, agora, em Cristo Jesus, vós [gentios], que antes estáveis longe [de Deus], fostes aproximados pelo sangue de Cristo.
v.14 Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um ; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade,
v.15 aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças [os costumes que criaram a hostilidade entre os dois grupos], para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz ,
- Havia uma separação entre os dois grupos por causa das diferenças entre eles (uma inimizade).
- O sangue de Cristo (a Sua morte na cruz) aproximou todos a Ele e também as pessoas entre si.
- Ele nos leva a termos paz . Isso é mais do que a ausência de conflitos, é um bem estar.
- Isso possibilitou que as pessoas fossem um .
Havia diferenças entre judeus e gentios, causando uma hostilidade entre os dois grupos. Nosso pecado, orgulho, egoísmo e individualismo não apenas nos separam de Deus, mas nos dividem das outras pessoas. Essas barreiras podem nos separar de nossos cônjuges, mesmo quando ambos são seguidores de Jesus.
Mas Jesus veio, primeiro tirando a barreira entre nós e Deus. À medida que nos aproximamos dele, removendo essas barreiras para a intimidade com Ele, as coisas que nos separam dos outros, especialmente de nosso cônjuge, começam a desaparecer.
O desenho à esquerda mostra que à medida que o homem e a mulher se distanciam de Deus, o casal, como consequência, se distancia cada vez mais um do outro. O desenho à direita mostra que à medida que o casal busca a Deus, eles se tornam mais unidos. Os lados do triângulo encurtam à medida que nos aproximamos de Deus.
O texto termina com esta declaração:
v. 18 porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um Espírito.
Quando num casamento, cada um está buscando a presença de Deus, o casal irá se aproximar cada vez mais um do outro.
Então, o primeiro princípio para ter um casamento excelente é buscar a Deus.
Isso permite que o Espírito Santo nos encha enquanto adoramos a Deus e oramos.
Aplicação: Assuma o compromisso de buscar a Deus individualmente e também juntos.
Segundo princípio: Depois de se aproximar de Deus, seu relacionamento com seu cônjuge é sua prioridade.
Quando um casal está namorando, eles geralmente são muito focados um no outro. Eles fazem questão de descobrir como fazer um ao outro feliz, com presentes e expressões de amor.
Depois que o casal se casa, outras prioridades começam brotar na vida de cada um. Talvez seja a escola, um emprego, filhos ou mesmo outros relacionamentos (amigos ou colegas).
Na primeira declaração sobre o casamento, Deus disse, em Gênesis 2:24:
Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.
- Para estarem verdadeiramente unidos e se tornarem um, é necessário primeiro deixar todos os outros relacionamentos e prioridades para trás.
O motivo pelo qual o foco está em deixar os pais, é porque muitos pais e mães não querem deixar o controle dos seus filhos. É muito importante que o casal continue a amar e honrar seus pais, mas eles também precisam deixar claro que a prioridade agora é um com o outro. Muitos casais não se tornam um porque não seguem este primeiro passo. Outras coisas ou outros relacionamentos podem, lentamente, começar a ter prioridade sobre o casamento e destruí-lo.
Aplicação: Assuma o compromisso de valorizar seu casamento acima de todos os outros compromissos e relacionamentos.
Terceiro princípio: Seu relacionamento é baseado em confiança e compromisso.
As palavras “confiança” (fé) e “amor” estão ligadas em muitas passagens bíblicas. Nunca nos é dito para “sentir” o amor, mas somos mandados a amar verdadeiramente uns aos outros, incondicionalmente, em nossas ações e atitudes. Os sentimentos podem variar de um dia para o outro ou de momento a momento, mas a confiança é algo que deve crescer à medida que aprendemos uns com os outros.
Paulo disse que uma pessoa carinhosa de verdade …” tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” (1 Coríntios 13:7)
Tudo sofre significa que há perdão sem trazer à tona as falhas do outro.
Tudo crê significa acreditar no amor, no compromisso e na motivação do outro.
Tudo espera significa que há uma crença no andamento do relacionamento.
Tudo suporta significa que existe um compromisso a longo prazo.
Já vimos Gênesis 2:24:
Por isso, Deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.
- unir com seu cônjuge significa desenvolver uma amizade com ele baseada no amor incondicional.
Muitas pessoas escolhem um cônjuge que as farão felizes. O verdadeiro amor não busca a nossa própria felicidade, mas a felicidade da outra pessoa. Unir-se a alguém significa que sua alegria se torna “nossa alegria”. Suas dificuldades se tornam “nossas dificuldades”. Os sonhos e objetivos de cada um se tornam “nossos objetivos”.
Aplicação: Sente-se com seu cônjuge e discuta seus sonhos, objetivos e como fazer um ao outro se sentir valorizado, amado e apreciado.
Quarto princípio: o relacionamento sexual é melhor quando há unidade espiritual
Um bom casamento é a chave para uma boa vida sexual. Muitos pensam o contrário, ou seja, acreditam que uma boa vida sexual é a chave para um bom casamento.
O desígnio de Deus para um relacionamento sexual dentro do casamento é que seja uma expressão de unidade espiritual e emocional, bem como a união física de marido e mulher.
É como expressamos na seção anterior, não se trata de você obter sua satisfação sexual, mas de agradar seu cônjuge também.
Havia alguns na igreja de Corinto que consideravam o relacionamento sexual, mundano ou impuro. Eles estavam defendendo a abstinência no relacionamento conjugal. Paulo escreveu (1Co 7:3-4):
v.3 O marido conceda à esposa o que lhe é devido , e também, semelhantemente, a esposa, ao seu marido.
v.4 A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim o marido; e também, semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim a mulher.
- Temos o dever de dar prazer sexual a nosso cônjuge.
- Quando somos casados, não temos mais o poder sobre nossos corpos. Nossos corpos agora pertencem ao casal e não ao indivíduo.
Aplicação: Convide Deus para estar presente na sua vida sexual. Comprometa-se a deixar o egoísmo e o individualismo para experimentar a verdadeira unidade.
Quinto princípio: As mulheres precisam de amor e apreciação.
Quando falamos “amor”, não queremos dizer “sexo”. Na verdade, se uma mulher não se sente amada, a relação sexual perde o sentido.
Paulo, ao dar instruções sobre o casamento, disse (Ef 5:25 e 33):
v.25 Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela
v.33 Não obstante, vós, cada um de per si também ame a própria esposa como a si mesmo ….
- Todo marido recebe o mandamento de amar sua esposa como Cristo amou a igreja.
- Todo marido deve entregar sua vida amando sua esposa.
- Todo marido deve amar sua esposa asim como ama a si mesmo
A esposa deseja que seu marido mostre a ela, apreciação (agradecendo), ouça-a, demonstre carinho, ou apenas passe um tempo a sós com ela.
Aplicação: Maridos, pergunte a sua esposa o que você poderia fazer para que ela se sentisse mais amada.
Sexto princípio: Os homens precisam de respeito.
Talvez seja porque os homens são mais inseguros, mas os homens querem ser respeitados como líder, como amante, como atleta, como provedor da família, como alguém inteligente ou como alguém capaz de fazer as coisas. Talvez ele precise ser respeitado em todas essas áreas. Ele precisa especialmente que esse respeito venha de sua esposa. Paulo deu instruções à esposa (Ef 5:22, 33)
v.22 As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor;
v.33 …. e a esposa respeite ao marido.
- Toda esposa é direcionada a submissão ao marido.
- Toda esposa é instruída a respeitar seu marido.
É normal, e até bom, para a esposa discordar do marido ou chamar sua atenção para algo que ele fez que era errado ou foi insensível. Ela pode fazer isso, tomando o cuidado para que, aquilo que diz não se torne um ataque a competência ou ao caráter de seu marido.
Um marido amoroso, como líder, tomará decisões, não para agradar a si mesmo, mas procurará amar e respeitar sua esposa e fazer o que for melhor para a família, decidindo o que fazer. Ele ouvirá sua esposa antes de tomar decisões, considerando suas opiniões.
RESUMO:
- A base de um bom casamento é o relacionamento de cada um com Deus
- O relacionamento do casal precisa ter confiança e compromisso
- Toda esposa é instruída a se submeter ao seu marido.
- O verdadeiro amor não busca sua própria felicidade mas a felicidade do outro.
- Um bom casamento resultará em uma boa vida sexual .
- Mulheres precisam de amor
- Homens precisam de respeito
- Leia Mateus 19:3-12.
- Os fariseus perguntaram se uma pessoa poderia se divorciar por qualquer motivo (Mt 19:3).
- Jesus disse que o que Deus uniu ninguém deve separar (Mt 19:6)
- Leia 1 Coríntios 7:1-16.
- Paulo disse que ser solteiro é um dom , mas não uma obrigação (1Co 7:7)
- Se um seguidor de Jesus é casado com uma descrente, eles devem ficar juntos? (1Co 7:12) Sim
- Leia 1 Coríntios 7:25-34.
- Em tempos de angústias é melhor não se casar (1Co 7:26).
- Quando uma mulher é casada, sua preocupação deve ser em agradar seu marido (1Co 7:34)
- Leia Efésios 5:18-22:
- A capacidade de amar (marido) e de submeter-se (esposa) vem de estar cheio do Espírito Santo (Ef 5:18)
- Casamento é um reflexo do relacionamento entre Cristo e a Igreja (Ef 5:32)
- Leia Cantares 4:1- 5:1)
- Salomão descobriu que sua noiva era formosa fisicamente (Ct 4:1-7).
- A noiva convidou seu marido para entrar em seu quarto (Ct 4:16)
- Deus convidou o casal para consumar sua união sexual (Ct 5:1)
- Leia Cantares 5: Esta passagem descreve que após a lua de mel, o casal teve sua primeira briga e ela o deixou do lado de fora, mas se arrependeu. Seus amigos sabiamente perguntam por que ela o amava tanto.
- Os amigos perguntaram como seu marido era tão mais amado do que os outros (Ct 5:9)
- Ela descreveu seu esposo fisicamente (Ct 5:10-16)
- Leia Mateus 19:3-12.
Tarefas:
- Separe pelo menos uma hora para discutir os tópicos desta lição com seu cônjuge.
- Converse com um casal em sua igreja que você admira. Pergunte como desenvolveram um casamento forte.
Frutificando com os filhos e netos
A Semente: A área principal de nosso discipulado são nossos filhos.
Versículo chave: Herança do SENHOR são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão. Como flechas na mão do guerreiro, assim os filhos da mocidade. Feliz o homem que enche deles a sua aljava; não será envergonhado, quando pleitear com os inimigos à porta.(Salmo 127:3-5)
- Os filhos são uma bênção do Senhor.
- Os filhos podem ir mais longe do que nós (como flechas).
- Nossa responsabilidade é formá-los e apontar na direção certa (como flechas).
- Os filhos serão parte da nossa reputação (na porta da cidade).
Criar filhos não é fácil, mas é muito gratificante. Eles fazem parte do nosso legado. Eles podem trazer muita alegria para nossas vidas.
Qual foi a maior alegria em criar seus filhos?
Quais foram alguns dos desafios que você enfrentou como pai?
Cada criança tem uma personalidade única. Alguns são obedientes e complacentes, enquanto outros têm uma forte vontade e personalidade. Cada um é motivado de forma diferente. Cada um tem um conjunto único de dons e interesses que devemos desenvolver (Pv 22:6).
Veremos alguns princípios importantes para a criação de uma família.
História Bíblica
Existem muitas histórias trágicas na Bíblia de homens piedosos que não foram bem na criação dos filhos. Um dos exemplos mais trágicos foi o de Eli, seguido por Samuel e até do próprio Davi.
Eli era sacerdote no final do período dos juízes. Por todas as indicações, ele era um homem piedoso. Seus filhos também eram sacerdotes, mas eram perversos. Eles tomavam a carne da oferta que era proibida e tinham relações sexuais com as mulheres que serviam no tabernáculo.
Deus enviou um profeta a Eli que o culpou pelo abuso das ofertas de seus filhos. Além do profeta, Deus levantou um menino, Samuel, para levar outra profecia contra Eli, dizendo que ele honrou seus filhos mais do que a Deus e falhou em reprová-los.
Como Deus revelou ao profeta, os dois filhos de Eli foram mortos e a Arca da Aliança foi levada. Quando Eli ouviu sobre isto, caiu para trás, quebrou o pescoço e morreu.
Por que seus filhos eram maus? Foi falta de disciplina? Talvez negligência.
O menino Samuel se tornou um juiz liderando Israel. Ele também nomeou seus filhos como juízes. Samuel foi um grande homem de Deus. Você provavelmente acharia que Samuel teria aprendido com a situação de Eli, mas Seus filhos também foram desonestos e aceitavam suborno (1 Samuel 8:3). Esta foi uma das razões pelas quais os judeus pediram um rei.
Por que Samuel teve dificuldades com seus dois filhos? Um dos motivos foi que ele não estava em casa (1 Samuel 7:15-17). Talvez ele estivesse muito envolvido com seu trabalho.
Samuel ungiu Davi para ser rei. Ele também não aprendeu com Eli e Samuel. Na sua família houve inveja, incesto, estupro e até assassinato entre seus filhos. Davi pouco fez para prevenir ou corrigir o problema (1 Reis 1:6).
- Quais foram algumas das práticas pecaminosas dos filhos de Samuel?
- Quais são alguns dos possíveis motivos pelos quais esses homens de Deus tiveram problemas com seus filhos?
Com esses exemplos, podemos ver que não há garantia de que os filhos seguirão a Deus. Cada pessoa, incluindo nossos filhos, precisa encontrar Jesus por si mesma. Há, no entanto, muito que podemos fazer para apontá-los na direção certa, afim de que sigam a Deus e se tornem adultos responsáveis e honestos.
(Para um estudo mais aprofundado, leia 1 Samuel 2, 3, 4:10-22; 7:15 -8:9)
Considerando a sua vida:
- O que Deus está ensinando a você por meio de Sua Palavra?
- Como seu casamento melhorou?
- Como você descreveria seu relacionamento com seus filhos e filhas?
Alguns princípios para criação dos filhos:
Primeiro princípio: Ore por eles.
Embora existam poucas declarações diretas sobre orar por seus filhos, certamente isso fazia parte da vida dos pais piedosos nos tempos bíblicos. Podemos considerar as bênçãos, em parte profecia e em parte oração, em favor de seus filhos. Abraão pediu uma bênção a Ismael (Gn 17:18). O servo de Abraão foi abençoado e orou para encontrar uma esposa para Isaque (Gn 24:12). Isaque abençoou Jacó (Gn 27:27-29). Jacó abençoou cada um de seus doze filhos (Gn 48-49).
Estes são apenas alguns exemplos. O melhor exemplo de intercessão pelos filhos que temo foi o de Jó (Jó 1:5)
Decorrido o turno de dias de seus banquetes, chamava Jó a seus filhos e os santificava; levantava-se de madrugada e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles, pois dizia: Talvez tenham pecado os meus filhos e blasfemado contra Deus em seu coração. Assim o fazia Jó continuamente .
- Jó não só orou por seus filhos, mas ofereceu holocausto por eles, caso tivessem pecado. Ele buscou sua purificação.
- Jó fazia isto continuamente
Nenhum de nós é um pai perfeito. Todos cometemos erros na maneira como criamos nossos filhos. Por este motivo, precisamos depender de Deus para nos guiar e trabalhar na vida de nossos filhos.
Aplicação: Ore por cada um de seus filhos. Ore por sua proteção e salvação. Ore por você mesmo, para que tenha sabedoria em criá-los.
Segundo princípio: ame-os incondicionalmente
Não há nada mais importante na vida de um filho ou filha do que saber que são amados incondicionalmente. Alguns de nossos filhos podem ser mais inteligentes, mais obedientes, melhores atletas, mais amorosos, mais responsáveis, etc. do que os outros irmãos. Não podemos dar a impressão de que amamos um filho mais do que outro por causa do que eles fazem. Nunca vincule seu amor por seus filhos aos seus desempenhos. Nossos filhos podem fazer coisas que nos desapontam, mas de forma alguma devemos dar a indicação de que os amamos menos por causa das escolhas que fazem.
O amor incondicional é a melhor maneira de ensinar nossos filhos sobre o amor de Deus.
Jacó tinha um filho favorito, porque nasceu de sua velhice. Ele também era filho de sua esposa favorita. Isso criou ressentimentos e ciúmes entre os irmãos (Gn 37:3-4).
Aplicação: Examine suas palavras e ações. Elas mostram o amor incondicional por cada um de seus familiares? Peça a Deus para lhe dar um amor incondicional por sua família.
Terceiro princípio: ensine-os com sua vida.
Suas ações falam mais alto do que suas palavras. Não há nada que mais afaste seus filhos de Deus do que a hipocrisia religiosa. Paulo falou em Fp 4:9
O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes , e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco.
- O que Paulo ouviu foi consistente com o que eles viram em sua vida.
Parte do que eles precisam aprender será aquilo que você mesmo está aprendendo e crescendo com seus erros. Não tente esconder suas deficiências deles. Seus filhos também precisam ver que você está crescendo. Às vezes, você pode precisar pedir perdão.
Aplicação: Peça a Deus para lhe dar uma vida cheia do Espírito Santo para que viva de uma forma que reflita o caráter de Deus.
Quarto princípio: Ensine-os com suas palavras.
Nossas ações devem mostrar os resultados do poder da transformação do Evangelho, incluindo a transparência sobre nossas deficiências. No entanto, o que falamos sobre o Evangelho e como falamos, também é importante.
O que falamos não deve ser apenas em nossas reuniões familiares, embora isso também seja importante.
Depois de reafirmar os Dez Mandamentos, Moisés escreveu sobre a importância de falar sobre a Palavra de Deus (Dt 6:4-9)
v.4 Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR.
v.5 Amarás pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força.
v.6 Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração ;
v.7 tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar – te, e ao levantar – te.
v.8 Também as atarás como sinal na tua mão , e te serão por frontal entre os olhos.
v.9 E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas .
- Nossas ações e palavras precisam dizer que Jesus é nosso único Senhor.
- Nossas ações e palavras precisam mostrar que amamos a Jesus.
- Quando amamos e servimos a Jesus, Suas palavras estarão em nossos corações e não apenas em nossas cabeças.
- Em que circunstâncias falaremos com nossos filhos sobre Deus e Sua Palavra? assentado, andando, ao deitar-se e ao levantar-se
- Devemos colocar cópias das Escrituras em nossa mão e fronte e em outros lugares onde sejam visíveis.
Aplicação: Divirta-se com sua família lendo a Bíblia. Converse com eles sobre o que está escrito. No entanto, não apenas fale sobre Deus em momentos específicos, mas traga a Palavra de Deus para sua vida diária.
Quinto princípio: discipliná-los, não apenas puni-los.
A palavra “disciplina” vem da mesma raiz que discipulado. Nosso objetivo não é mostrar nossa raiva, frustração ou desaprovação. Nosso objetivo é ensinar nossos filhos sobre o certo e o errado.
Haverá momentos em que será necessário disciplinar uma criança. Provérbios 23:13-14 fala:
v. 13 Não retires da criança a disciplina, pois, se a fustigares com a vara, não morrerá .
v. 14 Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno [morte].
- Disciplinar não matará a criança.
- Em vez disso, poderá salvar sua alma .
Se a disciplina física for administrada de forma consistente, não precisará ser aplicada com muita frequência. De vez enquando, uma criança testa seus limites para saber se os limites impostos pelos pais mudaram.
A punição só deve ser usada quando houver rebelião, desobediência ou falta de respeito. As crianças não devem ser punidas quando são descuidadas, hiperativas ou cometem erros que são normais para uma criança pequena. Mesmo assim, pode haver outras consequências (ficar sentada em seu quarto por um período, privilégios perdidos, arrumar as coisas depois de fazer uma bagunça, etc.)
A disciplina física também não deve ser usada em crianças com mais de oito ou nove anos.
Aqui estão algumas dicas práticas sobre a disciplina física:
- Nunca discipline fisicamente seu filho quando estiver com raiva ou frustrado.
- Reserve a disciplina física para quando houver desobediência, desrespeito ou rebeldia.
- Use uma vara (galho de árvore), cinto, colher de pau ou outro objeto que seja neutro.
- Não o discipline fisicamente em algum lugar do seu corpo que poderá machucá-los, como o rosto ou o estômago. O melhor lugar é nas nádegas (bum bum) ou nas pernas, porque dói e não causa dano ao corpo. Talvez fique um pouco vermelho, mas não deixará marcas.
- Nunca discipline fisicamente seu filho na frente dos outros, para não o envergonhar.
- Discipline o mais rápido possível.
- Explique o porquê (o motivo).
- Leve a criança ao arrependimento e à correção do erro.
- Mostre amor à criança depois da disciplina ser aplicada.
Aplicação: Converse com seu cônjuge sobre a maneira mais eficaz para disciplinar seus filhos. Em que situações vocês irão discipliná-los fisicamente? Quais serão algumas das alternativas para surras? Quando irão usar a surra? Sempre verifiquem se não estão disciplinando seus filhos com raiva ou por causa de frustrações.
Sexto princípio: respeite-os
Como em qualquer relacionamento humano, o respeito é essencial. Isso significa que temos o cuidado de não os humilhar ou atacar seu caráter. Precisamos ouvir nossos filhos e passar tempo com eles. Devemos mostrar paciência, perdão e compreensão.
Paulo nos alertou sobre a importância de respeitar nossos filhos em Efésios 6:4
E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor.
- Não devemos provocar (despertar) a ira de nossos filhos.
Como podemos provocar nossos filhos a ira:
- Colocando restrições demais a eles.
- Favorecendo um filho acima do outro.
- Comparando os filhos.
- Empurrando os filhos para terem “sucesso”, além das expectativas razoáveis.
- Desanimando os filhos através das críticas ou da falta de encorajamento.
- Deixando a criança sentir que a sua vida é um peso para os pais.
- Não os deixando serem crianças.
- Usando o amor e a afeição como prêmio.
- Abusando do filho verbalmente ou fisicamente.
Aplicação: Reserve um tempo para ouvir seus filhos esta semana. Examine suas palavras. O que você diz é encorajador e construtivo? Você afirma seu filho no que diz? Às vezes, dizemos coisas a nossos filhos que nunca diríamos a mais ninguém.
RESUMO:
- É essencial que oremos por nossos filhos, dependendo de Deus para nos ajudar a criá-los.
- Nossos filhos precisam saber que nós os amamos incondicionalmente.
- Ensinamos nossos filhos com nossa vida
- Também os ensinamos sobre Deus e a Bíblia com nossas palavras .
- Nós disciplinamos nossos filhos para que aprendam a ser obedientes e responsáveis.
- Nossos filhos precisam ser respeitados e não provocados.
- Leia Salmo 127
- Nossos filhos são herança do Senhor (Sl 127:3)
- O salmista comparou crianças a flechas (Salmos 127:4)
- Leia Provérbios 1
- Salomão deu instruções a seu filho para que vivesse uma vida de um bom procedimento (Pv 1:3)
- Salomão ofereceu para seu filho a Sabedoria (Pv 1:20)
- Leia Provérbios 4
- Salomão recebeu instruções de seu pai (Pv 4:3-4)
- Salomão deu a seu filho conselhos para que tivesse uma vida longa (Pv 4:10)
- Leia Provérbios 13
- Aquele que disciplina seu filho, o ama (Pv 13:24)
- Os pais devem deixar herança para seus filhos (Pv 13:22)
- Leia Deuteronômio 6
- A melhor herança que podemos transmitir para nossos filhos é nosso amor para com Deus (Dt 6:5)
- Quando nossos filhos pedem explicações de alguma coisa, é um excelente momento para ensiná-los (Dt 6:20-22).
- Leia Salmo 127
Tarefas:
- Converse com seu cônjuge sobre os tipos de valores que vocês desejam ensinar a seus filhos.
- Leiam uma passagem da Bíblia em família, conversem sobre a passagem e orem em família. Enfatizem quem é Deus.
- Visitem algum lugar onde possam ficar juntos como família.
Frutificando no meu serviço
A Semente: Acima de tudo, estamos trabalhando por Deus.
Versículo chave: Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens, (Colossenses 3:23)
- Do que você gosta no seu trabalho?
- E do que você não gosta?
- Por que acha que Deus te colocou na posição que está no seu trabalho?
Você já ouviu alguém dizer que está no “ministério de tempo integral”? Embora seja uma maneira fácil de descrever um trabalho que está diretamente relacionado a servir a Jesus, pode dá a impressão de uma vida dividida. Muitas pessoas têm uma visão do mundo que se divide em comum e sagrado, secular e espiritual, clero e leigo.
No Antigo Testamento, Deus fez essa distinção entre o que era santo e o que era profano para ensinar ao povo judeu o que significa ser santo ou separado. Toda a lei cerimonial reforçou esse conceito. Apenas os que faziam parte do santo sacerdócio podiam entrar na sala interna do Templo.
Tudo mudou no dia de Pentecostes em Atos 2. Com a morte e ressurreição de Cristo e a vinda do Espírito Santo, tudo se tornou sagrado para os seguidores de Jesus. Todos os Seus seguidores tornaram-se sacerdotes porque têm acesso direto a Deus. Cada atividade se tornou sagrada. Mais importante ainda, a presença de Deus foi introduzida na vida diária de cada seguidor de Jesus.
Exemplo:
Havia um simples monge conhecido como Irmão Lourenço que aprendeu “A Prática da Presença de Deus”. Sua vida era um nítido contraste com os líderes religiosos de sua época. Ele descreveu sua caminhada com Deus como uma conversa interna contínua com Ele.
“No início das minhas funções, dizia com confiança ao Senhor: “Meu Deus, já que estás comigo e já que, por tua vontade, devo ocupar-me das coisas externas, concede-me a graça de estar contigo, na sua presença. Trabalhe comigo, para que meu trabalho seja o melhor. Receba como oferta de amor meu trabalho e todas as minhas afeições.”
“Durante meu trabalho, eu sempre continuaria a falar com o Senhor como se Ele fosse justo comigo, oferecendo-Lhe meus serviços e agradecendo por Sua ajuda. Além disso, no final do meu trabalho, costumava examiná-lo cuidadosamente. Se eu achasse bom nisso, agradecia a Deus. Se eu percebia falhas, pedia Seu perdão sem desanimar, e então continuava meu trabalho, ainda habitando Nele”.
O irmão Lourenço foi um modelo de como trazer a presença de Deus para as tarefas mundanas.
História Bíblica
Na lição anterior, aprendemos como Jacó favorecia seu filho, José, em detrimento dos outros filhos, isso criou ressentimentos e problemas na família. José recebeu roupas especiais de seu pai, tornando-se uma lembrança diária para seus irmãos de sua posição de favorecido. José alimentou o ressentimento, contando a seus irmãos seus sonhos visionários de que eles o serviriam um dia e também trazendo um relatório ruim sobre eles a Jacó, seu pai.
Há muitas lições que podemos aprender com a história de José. Talvez o maior exemplo de sua vida para nós seja sua atitude em relação ao trabalho, apesar das dificuldades que continuamente enfrentou. Por causa de sua perseverança, Deus o exaltou e o usou para salvar muitas vidas, incluindo as de sua própria família.
A primeira dificuldade: Jacó enviou José para ver como seus irmãos estavam. Eles o prenderam, pegaram seu manto e o venderam como escravo. Ele foi levado para o Egito, onde se tornou servo de um alto oficial egípcio chamado Potifar.
Seu trabalho: José provavelmente começou com trabalhos manuais na casa de Potifar. O seu mestre logo viu que “o Senhor era com ele” (Gn 39:3), porque viu que Deus abençoava a sua obra. Sabiamente, Potifar descobriu que podia confiar em sua honestidade e diligência em seu trabalho. Ele colocou tudo nas mãos de José.
A segunda dificuldade: José, que era jovem e bonito, chamou a atenção da esposa de Potifar. Ela queria seduzi-lo. Ele recusou quebrar a confiança de seu mestre e respondeu-lhe: “…como, pois, cometeria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus?” (Gn 39:9)
Observe que ele disse que quebrar a confiança de Potifar seria um pecado contra Deus. Isso mostra que ele estava trabalhando para Deus e não apenas tentando agradar seu mestre.
Um dia, ela o agarrou pelas roupas para seduzi-lo, mas ele fugiu, deixando a vestimenta em suas mãos. Ela usou isso para acusá-lo.
Potifar conhecia sua esposa e conhecia José. Se ele realmente tivesse acreditado na história de sua esposa, teria matado José. No entanto, para salvar sua reputação, Potifar jogou José na prisão.
Seu segundo serviço: José poderia ter ficado com amarguras por ter sido vendido por seus irmãos e depois ser injustamente acusado, indo para prisão.
No entanto, mesmo na prisão, tudo o que ele fez novamente chamou a atenção de quem tinha autoridade sobre ele. O carcereiro também viu que o Senhor estava com ele. Ele podia confiar em José completamente, dando-lhe responsabilidades sobre todos os outros prisioneiros.
Sua terceira dificuldade: Um dia, o rei do Egito (Faraó) ficou ofendido com seu padeiro pessoal e o homem que lhe trazia seu vinho todos os dias (o copeiro). Ele colocou os dois na mesma prisão com José. Visto que o carcereiro havia encarregado José de cuidar dos outros prisioneiros, ele também pôde ter contato regular com o copeiro e o padeiro.
Certa manhã, quando José veio até eles, ele encontrou os dois parecendo tristes. Perguntou o que os estava incomodando. Cada um deles foi perturbado por sonhos separados que tiveram e que não entenderam o que significavam. José estava confiante de que Deus o ajudaria a interpretar seus sonhos.
O sonho foi uma boa notícia para o copeiro, indicando que o rei o restauraria à sua posição anterior. José pediu que se lembrasse dele quando fosse restaurado.
O sonho do padeiro, porém, era uma má notícia para ele. Isso indicava que logo seria condenado à morte.
Ambos os sonhos se realizaram, mas o copeiro se esqueceu de José.
José continuou seu segundo serviço: José continuou com suas responsabilidades por mais dois anos.
José é recompensado por sua diligência: Um dia, o rei teve um sonho que ninguém conseguia interpretar. Foi então que o copeiro se lembrou de que José havia interpretado corretamente seu sonho. Ele contou ao rei e o rei mandou chamar José.
Deus deu a interpretação correta a José. Era um aviso de que haveria uma grande fome na região que duraria sete anos. Foi um aviso para o rei se preparar para aquela fome.
Terceiro trabalho de José: Por causa de sua sabedoria e diligência, o rei colocou José no comando de tudo no Egito, a fim de se preparar para a fome. Nessa posição, José salvou sua família e muitos outros da fome.
- Por que os irmãos de José estavam zangados com ele?
- Por que José recebeu mais responsabilidades na casa de Potifar e na prisão?
- Como José honrou a Deus na maneira como trabalhou?
Não há garantia de que as coisas serão assim para nós em cada situação, como aconteceu com José. Às vezes, há um preço a pagar pela honestidade e fidelidade em seu trabalho. As pessoas podem ficar com ciúmes, como aconteceu com os irmãos de José. Outras vezes, haverá pressão para fazer algo errado ou desonesto como a esposa de Potifar que tentou seduzir José. No entanto, se nosso foco estiver em Deus em nosso trabalho, você será recompensado aqui na terra ou no céu.
(Para um estudo mais aprofundado, leia Gênesis 37 e os capítulos 39-45.)
Considerando a sua vida
- Você tem sido honesto e fiel em seu trabalho?
- O que tem sido uma barreira em sua vida para ter mais intimidade com Deus?
- Como você viu Deus responder às suas orações?
Alguns princípios para trabalhar
Primeiro princípio: considere-se trabalhando para Deus e não para seu chefe
Nosso objetivo deve ser agradar a Deus em tudo o que fazemos. É fácil lutar pela aparência de um trabalho bem executado. Nosso chefe ou outras pessoas podem ficar impressionados. No entanto, quando fazemos isso para Deus, iremos fazer o nosso melhor nos mínimos detalhes, mesmo que apenas Deus o saiba.
Colossenses 3:22-24 descreve como devemos abordar o trabalho como quem anda com Deus:
v.22. Servos [empregados], obedecei em tudo ao vosso senhor segundo a carne, não servindo apenas sob vigilância , visando tão-somente agradar homens, mas em singeleza de coração, temendo ao Senhor.
v.23.Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens ,
v.24.cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais servindo;
- Um bom empregado vai obedecer o que seu patrão quer. Claro, isso não inclui algo desonesto.
- Nossa obediência não deve ser só quando o patrão esta vigiando .
- Nós fazemos isso porque estamos fazendo nosso trabalho para o Senhor .
- Nossa recompensa vem do Senhor e não necessariamente do patrão.
Aplicação: Convide Deus para participar no seu trabalho. Pense em tudo que você faz para ser uma oferta a Deus. Pergunte a Deus se Ele está satisfeito com seus esforços.
Segundo princípio: seja honesto em todos seus caminhos.
A desonestidade nos negócios é uma indicação da falta de confiança em Deus. Muitas pessoas acham que precisam enganar seus clientes ou roubar de seu chefe para ter dinheiro suficiente para viver.
Um exemplo do que a Bíblia diz sobre a desonestidade se encontra em Provérbios 14:5.
A testemunha verdadeira não mente , mas a falsa se desboca em mentiras .
- Em nosso trabalho, nunca devemos mentir .
Por que mentimos:
- Para proteger nossa imagem encobrindo um pecado ou erro.
- Para obter mais dinheiro ou outros benefícios.
- Para criar uma imagem de nós mesmos, na esperança de dar a impressão de que somos alguém que realmente não somos.
- Para ferir outras pessoas por meio da vingança.
- Para evitar alguém que talvez tenhamos prejudicado (“Diga a eles que não estou aqui”).
Outro exemplo está em Provérbios 20:23
Dois pesos são coisa abominável ao SENHOR, e balança enganosa não é boa.
- Se usarmos dois pesos diferentes, um para comprar e outro para vender, estaremos enganando a outra pessoa.
Existem muitas maneiras de ser desonesto em nosso trabalho. Podemos pegar o que não é nosso. Podemos dar aos outros o troco errado de um serviço. Podemos falsificar nossos recibos. Podemos mentir sobre nossa renda para fins fiscais. Podemos aceitar ou dar subornos.
Deus é verdadeiro. Quando andamos com Ele, andamos na verdade.
Aplicação: comprometa-se perante Deus de que confiará nEle em obediência, mesmo que isso lhe custe alguma coisa.
Terceiro princípio: Fique satisfeito com seu salário.
A maioria das pessoas gostaria de ter um salário mais alto e não há nada de errado em pedir um aumento. No entanto, uma das qualidades de andar com Deus é o contentamento e a gratidão.
Quando alguns soldados perguntaram a João Batista qual seria o fruto do arrependimento, ele respondeu:
“A ninguém maltrateis, não deis denúncia falsa e contentai – vos com o vosso soldo.” (Lucas 3:14)
- Deus quer que estejamos contentes com nossas circunstâncias.
Quando Paulo estava falando sobre os falsos mestres que tinham uma falsa piedade, ele disse que sua verdadeira motivação era o lucro ou benefício pessoal. Eles estavam pensando que fingir a espiritualidade seria uma ótima maneira de ganhar dinheiro. Paulo comentou (1 Timóteo 6:6-10):
v.6 De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento .
v.7 Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele.
v.8 Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes .
v.9 Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição.
v.10 Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores.
- Há um grande benefício quando nos contentamos com o que temos.
- Devemos estar contentes se tivermos comida e roupas.
- Se desejamos ser ricos , seremos tentados a cair na tentação de sermos desonestos e gananciosos.
- O problema é o amor do dinheiro e não o dinheiro em si.
Obviamente, não há nada de errado em buscar um salário melhor, seja com um aumento ou com outro emprego. No entanto, não devemos cair na armadilha de pensar que só seremos felizes se ganharmos um pouco mais. Perguntaram a um dos homens mais ricos do mundo quanto dinheiro uma pessoa precisava para ser feliz. Ele disse: “Um pouco mais do que ele já tem.”
Aplicação: Agradeça a Deus por seu trabalho e peça a Ele para lhe dar o contentamento.
Quarto princípio: Considere seu trabalho como seu local de ministério.
Deus é soberano. Ele te colocou em seu ambiente de trabalho por algum motivo. Existem pessoas ao seu redor que só você pode alcançar porque passa muitas horas juntos a cada semana. Você foi colocado lá como luz e sal.
A maioria das pessoas pensa que apenas aqueles que são pastores estão no “ministério de tempo integral”. A realidade é que todo seguidor de Jesus está no ministério de tempo integral.
Seu local de trabalho é seu ministério.
Pedro disse (1 Pedro 2:12):
“…mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios [As pessoas que não conhecem a Deus], para que, naquilo que falam contra vós outros como de malfeitores, observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação.”
- Nosso comportamento deve ser um exemplo para os outros.
- Quando Jesus voltar, aqueles que nos criticam glorificarão a Deus por nossas vidas.
Aplicação: Faça um bom trabalho e peça a Deus para lhe dar oportunidades de falar aos outros sobre Jesus.
RESUMO:
- Nosso chefe é Deus . Devemos honrá-lo em nosso trabalho.
- Precisamos estar prontos para pagar o preço de sermos honestos com nossos colegas.
- Devemos ser gratos e contentes com nosso salário.
- Qualquer que seja o nosso trabalho, é o nosso ministério
- Leia 1 Timóteo 6:1-2
- Precisamos honra nossos chefes. (1Tm 6.1)
- Devemos trabalhar ainda mais se nosso chefe for um crente.(1Tm 6.2)
- Leia 1 Pedro 2:18-25
- É importante sermos submissos a nossos chefes, mesmo que sejam injustos (v.18)
- Somos chamados para sofrer como Cristo fez (v.21)
- Leia 2 Reis 22:3-7.
- Que tipo de homem supervisionou o trabalho no Templo? Homens Fiéis (v.7)
- Por que não precisaram prestar contas? Eram fiéis (v.7)
- Leia Provérbios 10:2-5
- Nossa riqueza vem do trabalho diligente (v.4).
- Devemos poupar nos tempos bons, para termos sustento nos momentos difíceis. (v.5)
- Leia Provérbios 16:3-14
- É importante confiar nossa obra ao Senhor (v.3).
- Ganhamos o favor do rei ou do nosso chefe por meio da nossa justiça (v.13).
- Leia também: 1 Pedro 2:18-25
- Leia 1 Timóteo 6:1-2
Tarefas:
- Faça algo por alguém sem querer qualquer pagamento ou benefício em troca. Faça isso como uma oferta a Deus. Fixe sua mente em Deus ao fazer esta boa obra.
- Sente com seu chefe, se possível, e pergunte como você pode fazer seu trabalho melhor.
Frutificando através da generosidade
A Semente: Deus confiou o dinheiro dEle nas suas mãos para você usar para a glória Dele.
Versículo chave: Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas. (Lucas 16:13)
Não há nada de errado no dinheiro em si mesmo, mas pode acabar sendo o único foco em sua vida. O dinheiro pode causar preocupação, desonestidade, ganância e muitos outros problemas. À medida que aprendemos os princípios bíblicos e atitudes em relação ao dinheiro, podemos evitar que ele nos domine e o usaremos para glorificar a Deus.
História Bíblica
Esta é uma parábola que Jesus contou aos Seus discípulos:
Havia um homem rico que confiou sua fortuna nas mãos de um administrador. O rico ouviu dizer que o administrador estava desperdiçando seu dinheiro, não administrando bem o que lhe fora confiado.
O rico despediu o administrador e ordenou-lhe que apresentasse um relatório do que tinha feito. Isso foi um erro porque o administrador ainda tinha o controle dos recursos do homem rico.
O administrador sabia que em breve estaria desempregado. Ele também percebeu que não era forte o suficiente para o trabalho físico e teria vergonha de pedir esmolas. Ele tinha que fazer planos para o futuro, usando os recursos de seu chefe para ganhar o favor de quem o ajudaria depois que perdesse o emprego.
Ele chamou cada pessoa que devia dinheiro ao chefe e perguntou quanto estavam devendo ao seu patrão.
O primeiro homem disse que devia 3.000 litros de azeite. O administrador deu a ele uma nova conta de 1.500 litros.
O próximo homem disse que possuía 35.000 litros de trigo. Mais uma vez, o administrador reduziu sua dívida, desta vez para 28 mil litros.
O chefe do administrador se admirou da astúcia do homem, provavelmente porque ele próprio provavelmente era desonesto.
Para um estudo mais aprofundado, leia Lucas 16:1-15
- Qual foi o erro do chefe?
- Por que o homem reduziu a conta dos devedores de seu chefe?
- De quem era os recursos que o homem usou para ganhar o favor de outros?
Jesus contou parábolas que eram exemplos tirados da vida cotidiana para ilustrar conceitos abstratos ou difíceis. Neste caso, Ele queria dar uma ilustração aos Seus discípulos sobre como eles deveriam ver seu dinheiro e usá-lo para a glória de Deus.
Essa parábola é diferente das outras, porque todos os participantes dessa história são, de alguma forma, desonestos. Jesus não estava de forma alguma tolerando o comportamento desonesto do administrador. O ponto da parábola é que o administrador usou os recursos de seu chefe para ganhar o favor de outros.
Deus nos confiou Seus recursos. Por isso, cada um de nós precisa usar os recursos de Deus para servir aos outros para a glória Dele.
Considerando a sua vida
- Como você tem servido aos outros?
- Você está sendo honesto em suas transações financeiras?
- Como você tem honrado a Deus na maneira como usa seu dinheiro?
Alguns princípios para o uso do seu dinheiro
Primeiro princípio: Use seu dinheiro e não permita que o dinheiro te use.
O dinheiro é útil, mas também pode ser uma armadilha. No último estudo, vimos como Deus deseja que estejamos contentes e gratos pelo que temos. Quando estamos descontentes e nos concentramos nas riquezas, nos tornamos escravos do dinheiro. Por isso Jesus disse:
“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas . (Lucas 16:13).
- É impossível ser dedicado a Deus e as riquezas
Em 1 Timóteo 6:6-10, Paulo advertiu Timóteo sobre a excessiva importância ao dinheiro
v.6 De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento.
v.7 Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele.
v.8 Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes.
v.9 Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação , e cilada , e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição.
v.10 Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores.
- O “ lucro ” de uma vida piedosa é paz e contentamento (v.6).
- O que trouxemos ao mundo ao nascer? (V.7) nada
- O que levaremos conosco quando morrermos? (v.7) nada
- O desejo de ser rico é tentação e cilada . (v.8)
- O problema não é o dinheiro, mas o amor a ele. (v.10)
O dinheiro é necessário em nosso mundo hoje. Ele não é bom nem mau em si mesmo. Pode ser usado para ajudar outras pessoas ou pode se tornar uma armadilha. Precisamos nos lembrar que Jesus é o Senhor de nosso dinheiro.
Segundo princípio: Considere todo o dinheiro como sendo de Deus e não seu.
Existem algumas pessoas que acreditam que 10% do dinheiro que ganham é a parte de Deus e os outros 90% pertencem a eles para fazerem o que quiserem.
Jesus ensinou aos discípulos um princípio importante em Sua visão de tudo o que tinha em João 17:7:
Agora, eles reconhecem que todas as coisas que me tens dado provêm de ti;
- A maneira como Jesus viveu mostrou que tudo que Ele tinha veio do Pai. O mesmo se aplica a nós.
Com isso em mente, vamos examinar uma parte da oração de Davi após receber a oferta feita para construir um templo em Jerusalém (1 Cr 29.14)
Porque quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos dar voluntariamente estas coisas? Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos . (1 Cr 29:14)
- Davi reconheceu que tudo vem de Deus.
- Ele também reconheceu que tudo que tinha era realmente de Deus o tempo todo.
Saber que o dinheiro pertence ao Senhor e não é nosso deve ser um incentivo para sermos sábios no que fazemos com ele. Se todo nosso dinheiro pertence a Deus, não devemos desperdiça-lo ou usarmos de maneira egoísta.
Terceiro princípio: Use seu dinheiro para influenciar outros para Deus
No início deste estudo, vimos a parábola do administrador astuto. Jesus nos deu a aplicação em Lucas 16:9-13 junto com alguns outros princípios para usar o dinheiro de Deus:
v.9 E eu vos recomendo: das riquezas de origem iníqua fazei amigos ; para que, quando aquelas vos faltarem, esses amigos vos recebam nos tabernáculos eternos.
v.10 Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também é injusto no muito.
v.11 Se, pois, não vos tornastes fiéis na aplicação das riquezas de origem injusta, quem vos confiará a verdadeira riqueza ?
v.12 Se não vos tornastes fiéis na aplicação do alheio, quem vos dará o que é vosso?
- Deus quer que usemos nosso dinheiro para fazer amigos de modo que possamos expô-los ao Evangelho (v.9).
- Nossa fidelidade com dinheiro demonstrará que a nós poderá ser confiado coisas mais importantes (v.11).
- O que você acha que são as verdadeiras riquezas? (v.12)
Quarto princípio: Doe regularmente para ajudar sua igreja local.
A Grande Comissão foi dada à igreja. Portanto, é nossa responsabilidade estar diretamente envolvido por meio de nosso apoio financeiro.
Devemos ofertar regularmente e com alegria. O motivo dessa alegria pode ser visto na oração de Davi depois que as ofertas foram dadas para a construção do Templo (1 Cr 29:13-17):
v.13 Agora, pois, ó nosso Deus, graças te damos e louvamos o teu glorioso nome.
v.14. Porque quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos dar voluntariamente estas coisas? Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos.
v.15 Porque somos estranhos diante de ti e peregrinos como todos os nossos pais; como a sombra são os nossos dias sobre a terra, e não temos permanência.
v.16 SENHOR, nosso Deus, toda esta abundância que preparamos para te edificar uma casa ao teu santo nome vem da tua mão e é toda tua .
v.17 Bem sei, meu Deus, que tu provas os corações que da sinceridade te agradas; eu também, na sinceridade de meu coração, dei voluntariamente todas estas coisas; acabo de ver com alegria que o teu povo, que se acha aqui, te faz ofertas voluntariamente.
- Davi agradeceu a Deus pelo privilégio de contribuir para a obra do Senhor. (v.13)
- Eles estavam alegres em dar porque deram voluntariamente . (v.14)
- O que foi dado veio das mãos de Deus (v.14)
- Suas ofertas não eram uma obrigação, mas vinham do coração . (V.17)
Quinto princípio: Economize dinheiro para poder ajudar outras pessoas em momentos de necessidade.
Em nossas vidas, há momentos em que podemos ter mais do que precisamos e outras vezes, podemos estar carentes de recursos. Provérbios 6:6-8 dá um exemplo do que devemos fazer:
v.6 Vai ter com a formiga , ó preguiçoso, considera os seus caminhos e sê sábio.
v.7 Não tendo ela chefe, nem oficial, nem comandante,
v.8 no estio, prepara o seu pão, na sega, ajunta o seu mantimento.
- Salomão usa a formiga como exemplo de um administrador sábio de seus recursos (v.6)
- A formiga fica preparada para os momentos em que não há alimento (v.8).
- Ela ajunta comida para o inverno (v.8)
Quando economizamos nos tempo de abundância, teremos os recursos para ajudar os necessitados em tempos difíceis. José fez isso e salvou sua família e também o povo do Egito. (Gn 41:33-36)
RESUMO:
- O amor do dinheiro é o problema.
- Que porcentagem do nosso dinheiro pertence a Deus? 100%
- Devemos usar nosso dinheiro para fazermos amigos .
- Devemos regularmente ofertar para nossas igrejas locais.
- Devemos economizar dinheiro em tempos de abundância.
- Leia Mateus 6.19-34.
- Jesus disse que não devemos estar inquietos sobre onde vamos conseguir nossa comida ou roupas porque Deus prometeu que Ele proveria para nós.(v.31,32)
- Em vez de buscar dinheiro, comida ou roupas, devemos buscar o reino de Deus (v.33)
- Leia 1 Timóteo 6.17-19
- Se uma pessoa é rica, ela não deve ser orgulhosa e pensar que é melhor do que qualquer um.(v17)
- Todas as pessoas devem estar prontas para praticar o bem com os outros.(v18)
- Leia Lucas 12:13-21
- Em resposta à pergunta do homem, Jesus alertou contra a avareza (v.15)
- O homem da parábola colocou sua confiança em si mesmo em vez de em Deus. (v.21)
- Leia 2 Coríntios 9
- Deus se agrada quando ofertamos com alegria . (v.7)
- Se você semear pouco , você colherá pouco . (v.6)
- Leia Apocalipse 18
- Como os comerciantes, neste texto, ficaram ricos? (v.3) a custa da sua luxúria
- Por que as pessoas não estavam interessadas em comprar mais suas mercadorias? (v.11-13)
- Leia Mateus 6.19-34.
Tarefas:
- Como ato de adoração, dê uma oferta especial a algum ministério, que não seja daquele que você já contribui regularmente.
- Abençoe a vida de alguém com um presente especial.
Frutificando no serviço do Senhor
A Semente: O trabalho que fazemos no serviço do Senhor deve ser motivado pelo desejo de agradar a Deus.
Versículo chave: Pois a nossa exortação não procede de engano, nem de impureza, nem se baseia em dolo; pelo contrário, visto que fomos aprovados por Deus, a ponto de nos confiar ele o evangelho, assim falamos, não para que agrademos a homens, e sim a Deus, que prova o nosso coração. (1 Tessalonisenses 2:3-4)
Sempre tenha em mente que servir ao Senhor não envolve necessariamente o que acontece no prédio da igreja. Nossa energia deve ser direcionada para fazer discípulos de todas as nações (Mt 28:19). Todos na igreja são chamados para se envolver para esse fim de alguma forma. Deus dotou cada pessoa de uma maneira única para cumprir a Grande Comissão. O serviço de algumas pessoas envolverá ensinar ou proclamar as Escrituras. Outros estarão envolvidos em fazer discípulos indiretamente por meio do serviço à comunidade.
Não é apenas o que fazemos, mas a motivação por trás de nossos ministérios que é importante. Podemos pensar que estamos agradando a Deus, quando estamos apenas agradando a nós mesmos.
História Bíblica
Vimos como Deus salvou Paulo e mudou sua vida. No entanto, nós ainda não vimos como ele serviu a Deus.
Desde jovem, Paulo se dedicou a seguir a lei e os ensinamentos dos fariseus (Fp 3:4-6), mais do que os de sua idade (Gl 1:14). Ele era tão dedicado que teve o privilégio de estudar com Gamaliel, que foi um dos principais mestres das Escrituras daquele período da história (At 22:3). Ele era muito respeitado.
Paulo foi sincero e dedicado…. Mas não estava no caminho certo!
Em seu zelo por Deus, ele perseguiu os seguidores de Jesus. Na verdade, Deus o salvou durante uma missão para apagar o Cristianismo do mundo. (At 9:1-19)
Quando ele se relacionou com Jesus, imediatamente começou a proclamar a mensagem de salvação, tanto que as pessoas tentaram matá-lo. Ele foi tão ousado em sua proclamação em Jerusalém que o mandaram embora para sua própria proteção (At 9:20-30).
Anos depois, quando Barnabé o chamou para ajudar na nova igreja em Antioquia, ele imediatamente foi (At 11:22-25). Quando Deus chamou a ele e a Barnabé para começar a plantar igrejas ao redor do mundo, ele obedeceu (At 13:1-3). Paulo escreveu treze livros da Bíblia e plantou pelo menos uma dúzia de igrejas diretamente e muitas mais indiretamente por meio daqueles que treinou.
Não foi uma vida fácil que Paulo levou. Ele foi espancado, apedrejado, ameaçado, naufragado, preso, caluniado, ficou sem dormir ou comer e muito mais (2Co 11:23-33). A maioria de nós teria ficado desanimada e desistido se estivéssemos no lugar dele.
O que fez Paulo continuar? De maneira muito simples ele disse: “Pois o amor de Cristo nos constrange” (2Co 5:14). Paulo era grato pelo amor, misericórdia e graça que recebeu de Deus (1Ts 1:12-17). Ele viveu para agradar a Deus, não para ganhar o seu favor, em resposta ao que Ele já fazia por seu Senhor.
- Como era a vida de Paulo antes de conhecer Jesus?
- O que Paulo fez?
- Qual foi a motivação de Paulo para obedecer a Deus depois de crer em Cristo?
Considerando a sua vida
- Que oportunidades você teve de falar a outras pessoas sobre Cristo recentemente?
- Quais são as barreiras em sua vida para ter maior intimidade com Deus?
- O que você acha que Deus deseja mudar em sua vida?
Alguns princípios para servir ao Senhor
Primeiro Princípio: Seu relacionamento com o Senhor é sua prioridade
Isso pode parecer óbvio, mas é frequentemente negligenciado. Ao começarmos a servir ao Senhor levando as pessoas a um relacionamento cada vez mais profundo com Cristo, podemos ficar rapidamente sobrecarregados com a tarefa. Lentamente, por negligência, podemos nos distanciar mais de Cristo. Aqueles que ensinam a Bíblia podem justificar sua negligência em buscar a Deus, observando que estão falando sobre a Bíblia o tempo todo.
Jeremias 9:23-24 mostra a importância que Deus dá à intimidade com Ele:
Assim diz o SENHOR: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico, nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber saber que eu sou o SENHOR e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado , diz o SENHOR.
- É importante, primeiro, conhecer a Deus pessoalmente.
- Conhecê-lo envolve saber sobre Seu caráter.
- É agradável a Deus quando Seu caráter é formado em nós à medida que crescemos em nosso relacionamento com ele.
Atos 6 descreve os apóstolos colocando o ministério nas mãos de outros. Este serviço ou ministério era para servir comida às viúvas. Observe as qualidades daqueles escolhidos para servir ao Senhor dessa maneira (v.3).
Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação , cheios do Espírito e de sabedoria , aos quais encarregaremos deste serviço [ministério];
- Eles deveriam ter uma boa reputação
- Eles deveriam estar cheios do Espírito e de sabedoria .
Ser cheio do Espírito Santo era a base para eles terem uma boa reputação e serem cheios de sabedoria. Ser cheio do Espírito Santo é o resultado direto de seu relacionamento com Deus. Esses sete homens não foram escolhidos com base em sua inteligência ou talento, mas com base em suas caminhadas com Deus.
Paulo encarregou Timóteo de selecionar pessoas para continuar o ministério em Éfeso. Há uma palavra que descreveria o tipo de pessoa que Deus está procurando para servi-Lo (1 Tm 4:6-8):
v.6 Expondo estas coisas [doutrina falsa] aos irmãos, serás bom ministro de Cristo Jesus, alimentado com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido.
v.7 Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas caducas. Exercita-te, pessoalmente, na piedade .
v.8 Pois o exercício físico para pouco é proveitoso, mas a piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser.
- Um excelente servo de Cristo se esforçará para ser piedoso .
A palavra “piedade” não se refere tanto as atividades ou ao comportamento de uma pessoa. Refere-se à sua motivação interna. O que ele ou ela faz é o resultado de sua adoração interior.
Podemos ver na Bíblia, quando Deus chama alguém para servi-Lo, isso geralmente é feito no contexto da adoração. Tem que haver um relacionamento com Deus para que possamos servi-Lo. Considere os chamados de Moisés (Êx 3), Isaías (Is 6) e Paulo (Atos 13:1-3).
Segundo Princípio: Todo cristão está no ministério de tempo integral
Essa busca de intimidade com Deus pode parecer válida para aqueles cujo “trabalho” é serem vistos como bom, escrever sermões, ensinar e dirigir a igreja. Afinal, eles foram para o seminário para aprender a ser um homem ou mulher de Deus. No entanto, “pessoas normais” têm apenas a responsabilidade de tentar viver uma vida boa e honesta, ir à igreja uma vez por semana e dar ofertas.
Ao pesquisarmos as Escrituras, vemos que Deus não entregou o ministério apenas nas mãos dos “profissionais”, mas trabalhou por meio de pessoas comuns para fazer grandes coisas. Amós, quando criticado, enfatizou sua falta de treinamento (Amós 7:14-15).
v.14 Respondeu Amós e disse a Amazias: Eu não sou profeta, nem discípulo de profeta, mas boieiro e colhedor de sicômoros .
v.15 Mas o SENHOR me tirou de após o gado e o SENHOR me disse: Vai e profetiza ao meu povo de Israel.
- Amós colhia sicômoros (figos) e cuidava de gados .
- Apesar de não ser aluno de outros profetas, Deus o chamou para profetizar ao povo judeu.
Podemos ver porque Deus usa pessoas comuns em 1 Coríntios 1:26-29
v.26 Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação ; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento;
v.27 pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar os fortes;
v.28 e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são;
v.29 a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus.
- Deus chamou cada um de Seus seguidores para servi-Lo.
- Ele escolheu aqueles que O seguiram por um motivo específico.
- Aqueles que Ele escolheu eram loucos , fracos e humildes para que mostrassem o poder de Deus operando em suas vidas.
- Uma vez que não é pelo grau de instrução, talentos ou habilidades da pessoa, ninguém poderá se vangloriar na presença de Deus.
Uma das ideias que mais fere a igreja é a divisão artificial entre o “clero” e os “leigos ou leigas”. Isso leva as pessoas a dividir o mundo e nossas vidas em “sagrado” e “secular”. No estudo anterior, observamos que essa divisão existia no Antigo Testamento. A lei de Deus era ensinar ao povo judeu o que é santo e o que é a santidade.
Jesus mudou isso. Ele transforma a todos em um povo santo, equipando-nos para servi-lo e trazer a santidade a todas as áreas da nossa vida. Como diz 1 Pedro 2:9:
Vós, porém, sois raça eleita , sacerdócio real, nação santa , povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;
- Cada membro da igreja é eleito , sacerdote , santo e pertence exclusivamente a Deus.
- A tarefa de cada membro é proclamar o que Deus fez por eles.
Você é chamado para fazer parte do Corpo de Cristo por uma razão: Está no ministério de tempo integral, tanto quanto um pastor ou missionário.
Terceiro princípio: Sua motivação é mais importante do que o que você faz
Paulo disse que servir a igreja, principalmente na liderança, é uma vocação nobre (1 Timóteo 3:1). No entanto, existem muitas advertências contra as motivações erradas, principalmente a ganância (1Tm 3:2; 1Ts 2:5; Tt 1:7,11; 1Pe 2:3,14; 5:2), o poder (Mt 20:25; 2Co 11:12; 2Pe 2:3) e o adultério (2Pe 2:13-14).
Em contraste com os falsos mestres, Paulo descreveu sua motivação em 1 Tessalonisences 2:
v.1 Porque vós, irmãos, sabeis, pessoalmente, que a nossa estada entre vós não se tornou infrutífera;
v.2 mas, apesar de maltratados e ultrajados em Filipos, como é do vosso conhecimento, tivemos ousada confiança em nosso Deus, para vos anunciar o evangelho de Deus, em meio a muita luta.
- Embora tenham sido rejeitados e abusados antes de chegar a Tessalônica, Paulo e Barnabé tiveram o ousadia para proclamar Cristo entre eles.
- Eles perseveraram em face da dificuldade porque seu ministério não era baseado em falsas motivações.
A pergunta que devemos fazer sobre esta passagem é “Por que eles tolerariam esse tipo de tratamento e mesmo assim continuaram? Certamente, os falsos mestres não continuariam em face de tal oposição.
v.3 Pois a nossa exortação não procede de engano , nem de impureza , nem se baseia em dolo ;
v.4 pelo contrário, visto que fomos aprovados por Deus, a ponto de nos confiar ele o evangelho, assim falamos, não para que agrademos a homens, e sim a Deus, que prova o nosso coração.
- Deus os aprovou para o ministério.
- Sua principal motivação era agradar a Deus
v.5 A verdade é que nunca usamos de linguagem de bajulação , como sabeis, nem de intuitos gananciosos . Deus disto é testemunha.
v.6 Também jamais andamos buscando glória de homens , nem de vós, nem de outros.
- Eles não eram gananciosos por dinheiro.
- Eles não tentaram ser populares com linguagem de bajulação .
v.7 Embora pudéssemos, como enviados de Cristo, exigir de vós a nossa manutenção, todavia, nos tornamos carinhosos entre vós, qual ama que acaricia os próprios filhos;
v.8 assim, querendo-vos muito, estávamos prontos a oferecer-vos não somente o evangelho de Deus, mas, igualmente, a própria vida ; por isso que vos tornastes muito amados de nós.
- Eles não foram apenas motivados por querer agradar a Deus, mas também foram motivados por seu amor pelos tessalonicenses.
- O resultado foi que eles deram suas vidas pelo povo.
Nossa motivação para servir a Deus não deve ser para ganhar o Seu favor. Ele já nos ama completamente. Nada do que fazemos pode fazer com que Ele nos ame mais. Nosso objetivo é encontrar alegria em fazer a Deus cada vez mais feliz com nossas vidas. E Ele ficará feliz quando refletimos Sua imagem.
Quarto Princípio: Deus te equipou para um ministério único que ninguém mais pode fazer
Temos a tendência de nos comparar aos outros. Somos tentados a pensar que Deus equipou os outros mais do que a nós. No entanto, você está equipado para servir a Deus de uma forma que ninguém mais está. Isso fica claro em 1 Coríntios 12:4-7
v.4 Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo.
- Deus deu a você um conjunto único de dom espiritual, mas o mesmo Espírito Santo está operando na vida de cada seguidor de Jesus.
v.5 E também há diversidade nos serviços , mas o Senhor é o mesmo.
- Não há apenas uma combinação única de dons espirituais, mas há uma diversidade do tipo de serviço ou ministério que Deus nos dá.
Isso vai depender de onde você mora, do seu trabalho e dos contatos que você tem. Todos nós temos dons e contextos diferentes nos quais servimos ao Senhor Jesus (o Filho).
v.6 E há diversidade nas realizações , mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos.
- Existem variedades de dons e ministérios. Existem também várias maneiras de realizar nosso serviço a Deus.
Deus deu a cada um de nós personalidades únicas que serão expressas na maneira como servimos a Ele.
v.7 A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso .
- O Espírito Santo equipou cada um de nós com dons.
- Ele nos deu dons para o aproveitamento dos outros.
O Espírito Santo nos equipou, não para nosso próprio benefício, mas para servir ao Corpo de Cristo.
Quinto princípio: Nosso objetivo é fazer discípulos
Existem muitas coisas úteis que podemos e devemos fazer para manifestar o amor de Cristo aos que estão ao nosso redor. Existem também muitas atividades que podemos realizar dentro das quatro paredes da igreja.
No entanto, programas e atividades não devem substituir nossas vidas para alcançar as pessoas e edificá-las na fé. É mais fácil e seguro estar envolvido dentro das quatro paredes de um edifício do que estender a mão para as pessoas que precisam conhecer a Cristo e crescer Nele.
Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século. (Mt 28:19-20)
RESUMO:
- O aspecto mais importante do seu ministério é o seu próprio relacionamento com Deus
- Todo seguidor de Jesus está no ministério de tempo integral
- Sua motivação é mais importante do que suas ações.
- Você é a única pessoa para um ministério único.
- Nosso objetivo é fazer discípulos
BUSCANDO ALGO MAIS
- Leia 1 Coríntios 1:21-31
- As pessoas que Deus escolheu para fazer parte de Sua igreja não o conheceram por meio da sua própria sabedoria (v.21)
- Deus escolheu o louco para envergonhar o sábio (v.27)
- Leia 1 Timóteo 3:1-13
- Servir a Deus na igreja é uma tarefa excelente (v.1)
- É essencial para aqueles que servem na igreja terem um bom testemunho especialmente com os de fora (v.7)
- Leia Atos 6
- Os 12 apóstolos focalizaram na oração e ao ministério da palavra (v.4)
- As pessoas que serviriam as refeições para as viúvas estavam cheias do Espírito (v.3)
- Leia 1 Coríntios 12
- O Corpo é composto por muitos membros (v.14)
- Cada parte do corpo está ligada uma as outras, então não há divisão (v.25)
- Leia Efésios 2:11-22
- Jesus colocou judeus e gentios em um corpo onde não havia distinção entre os dois grupos (v.16).
- O Espírito Santo vive entre os membros do Corpo (v.22)
- Leia 1 Coríntios 1:21-31
Tarefas:
- Converse com algumas pessoas em sua igreja que conhecem bem você. Pergunte o que eles acham que são seus dons espirituais e quais são algumas de suas habilidades naturais.
- Faça várias tarefas em sua igreja para descobrir onde Deus lhe deu os dons para O servir.
Frutificando na maneira que me relaciono
A Semente: O Espírito Santo agindo em nossas vidas influencia o modo como nos relacionamos com os outros.
Versículo chave: Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros. (João 13:34-35)
História Bíblica
Quando Jesus estava indo para Jerusalém pela última vez, Ele passou pela cidade de Jericó. Havia um homem baixinho que morava lá que era cobrador de impostos. Seu nome era Zaqueu. Os cobradores de impostos eram considerados pelos judeus como traidores e coisas piores. Afinal, eles estavam ajudando a juntar dinheiro de outros judeus para pagar ao odiado Exército Romano pela ocupação de suas terras.
Zaqueu não era apenas um coletor de impostos, mas o principal coletor que recrutava outros para fazer o trabalho real. Havia vários tipos de impostos e aqueles que os cobravam podiam exigir a mais do imposto para embolsar o restante. Como resultado disto, Zaqueu era muito rico e odiado pelos cidadãos de Jericó.
A Bíblia não diz por que ele queria ver Jesus. Será que estava apenas curioso? Será que apenas queria descobrir quem era esse Jesus? Ou será que tinha começado a ver sua necessidade de uma mudança em sua vida? Sabemos que pelo de que recebeu Jesus em sua casa com alegria, indica que ele não estava apenas curioso.
Seja qual for o motivo, Zaqueu correu na frente de Jesus, talvez desejando evitar a multidão. Ele não tentou preservar sua dignidade, mas subiu em uma árvore para poder ver Jesus.
Sabendo o que estava em seu coração e o que Zaqueu queria, Jesus se convidou para ir à sua casa. Isso ofendeu muita gente, porque certamente esse homem desprezado não merecia essa honra. E por que alguém como Jesus faria amizade com um pecador como Zaqueu?
Podemos ter uma ideia geral do que os dois homens conversaram com base em outras conversas que Jesus teve sobre o reino, arrependimento e fé. Uma coisa estava clara: aquela conversa mudou a vida de Zaqueu. Jesus afirmou a transformação na vida de Zaqueu quando disse que a salvação havia chegado naquela casa, porque ele se tornou um filho espiritual de Abraão, seguindo seus passos de fé em Jesus (Romanos 4:12).
Podemos ver como seu novo relacionamento com Deus mudou seu relacionamento com os outros, porque agora Zaqueu estava focado nos outros ao invés de si mesmo. Ele voluntariamente deu metade do que tinha aos necessitados. Ele mostrou seu arrependimento ao retribuir quatro vezes mais daquilo que havia roubado. Curiosamente, a Lei do Antigo Testamento exigia apenas que a restituição incluísse um adicional de 20% (Nm 5:6-7).
Também podemos ver como Jesus fez amizade com as pessoas. Ele foi chamado de “amigo de cobradores de impostos e pecadores” (Lc 7:34)
- Por que as pessoas odiavam Zaqueu?
- Quem tomou a iniciativa para começar este relacionamento entre Jesus e Zaqueu? Por que isso é importante?
- O que mudou na vida de Zaqueu?
Considerando a sua vida
- De que maneira você demonstrou o amor recentemente?
- Você tem sido honesto ao lidar com o dinheiro?
- O que Deus está ensinando a você?
Alguns princípios para os relacionamentos
A melhor evidência de que somos realmente discípulos do Senhor Jesus Cristo está na maneira como nos relacionamos com os outros. A palavra “amor” é usada quase trinta vezes em 1 João como prova de uma conversão genuína.
Muitas vezes, quando estamos com raiva ou frustrados ou se alguém nos ofende, optamos pela maneira como sempre resolvíamos nossos problemas de relacionamentos no passado. O problema é que não convidamos Cristo para nossos relacionamentos. I João 4:7-8 diz:
Amados, amemo -nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor .
- O amor faz parte do caráter de Deus.
- Deus é a fonte do amor
- Se nós amamos a Deus, amaremos os outros também.
Primeiro princípio: Nossa carne destrói os relacionamentos, enquanto o Espírito Santo os fortalece.
Por que existem conflitos e divergências entre nós? Principalmente porque Cristo não governa a maneira como nos relacionamos com os outros. Muitas vezes reagimos da maneira como sempre respondemos quando há um problema. Permitimos que nossas emoções e julgamentos reinem sobre nós. Observe o que a carne leva as pessoas a fazer. Mesmo os seguidores de Jesus, quando andam pela carne, podem ter essas ações e atitudes. Gálatas 5:19-21:
Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas….
- Quantas qualidades da carne são listadas? 15
- Quantas dessas qualidades falam de nosso relacionamento com os outros? 8
Considerando isso, observe o fruto do Espírito nos guiando na maneira como tratamos os outros. Gálatas 5:22-23 diz:
Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.
- Quantas dessas qualidades falam de como tratamos os outros? 9
É importante reconhecer nossa dependência do Espírito Santo na maneira como tratamos os outros. Não podemos amar os outros com nossas próprias forças.
Segundo princípio: perdoe os outros como Deus perdoou você
Quando os outros nos ofendem, é importante parar e refletir sobre o quanto fomos perdoados por Deus. Jesus contou uma parábola sobre um homem que foi muito perdoado, mas se recusou a perdoar só um pouco a outro homem (veja Mt 18:21-35).
Jesus disse: “aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama” (Lc 7:47). O oposto também é verdadeiro: “aquele a quem muito se perdoa, muito ama.”
A misericórdia e o perdão que recebemos devem naturalmente nos levar a mostrar misericórdia e perdão para aqueles que nos ofenderam. É por isso que Paulo disse: (Ef 4:32)
Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando -vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou .
- Podemos perdoar os outros mais facilmente se refletirmos sobre o quanto Deus nos perdoou .
Anteriormente, na mesma passagem, Paulo disse (Ef 4:26):
Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira,
- Não devemos deixar o sol se por, sem perdoar alguém e resolver qualquer conflito.
O motivo pelo qual Paulo nos alertou para resolver rapidamente os problemas em nossos relacionamentos é porque a raiva pode se transformar em amargura. Isso, por sua vez, pode nos consumir e afetar outros relacionamentos.
Reserve um momento para lembrar daqueles que o ofenderam. Perdoe-os em seu coração. E se você reconhecer que ofendeu alguém, peça perdão a essa pessoa, se possível.
Terceiro princípio: Ame os outros como Deus o amou
Assim como estendemos o perdão aos outros porque Deus nos perdoou, também devemos estender o amor aos outros como Deus nos amou. João disse (João 13:34-35):
Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.
Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos : se tiverdes amor uns aos outros.
- Embora tenha o mandamento para amar no Antigo Testamento, o novo padrão hoje é: Como Jesus nos amou. E seu amor foi sacrificial.
- As pessoas saberão que somos seus discípulos se nos amarmos.
Quarto princípio: Tenha como meta servir e encorajar os outros
Temos a tendência de formar somente os relacionamentos que nos beneficiarão. Quando entramos em qualquer relacionamento, nosso objetivo deve ser o de dar e não apenas receber. Devemos nos perguntar: Como podemos ajudar os outros? Paulo disse em (Gálatas 5:13-14):
Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne ; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor. Porque toda a lei se cumpre em um só preceito, a saber: Amarás o teu próximo como a ti mesmo .
- Em vez de gratificar egoisticamente nossa carne na maneira como tratamos os outros…
- Devemos ser servos dos outros.
- Quando amamos os outros, cuidamos de suas necessidades como cuidaríamos de nós mesmos.
Quinto princípio: Use suas palavras para glorificar a Deus
Provérbios 18:21 diz: “A morte e a vida estão no poder da língua”. Isso significa que podemos desencorajar ou destruir uma pessoa por meio de fofocas, críticas, rejeição e piadas picantes ou imorais.
Ou, por outro lado, podemos dar vida por meio de encorajamento e da afirmação.
Paulo disse (Ef 4:29):
Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe , e sim unicamente a que for boa para edificação , conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem.
- Não devemos usar palavras torpes que desanime outra pessoa.
- Em vez disso, nossas palavras devem edificar os outros.
- Nossas palavras também devem dar graça as pessoas, mostrando nossa aceitação por elas.
Sexto princípio: Seja amigo das pessoas fragilizadas
Somos naturalmente atraídos por pessoas que são como nós ou que têm qualidades que admiramos. No entanto, a marca do amor verdadeiro é amar aqueles que não podem nos dar nada em troca ou aqueles que nos tratam mal. Jesus estabeleceu o padrão: (Lc 6:32-36)
v.32 Se amais os que vos amam , qual é a vossa recompensa? Porque até os pecadores amam aos que os amam .
v.33 Se fizerdes o bem aos que vos fazem o bem , qual é a vossa recompensa? Até os pecadores fazem isso.
v.34 E, se emprestais àqueles de quem esperais receber , qual é a vossa recompensa? Também os pecadores emprestam aos pecadores, para receberem outro tanto.
v.35 Amai, porém, os vossos inimigos , fazei o bem e emprestai , sem esperar nenhuma paga; será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo. Pois ele é benigno até para com os ingratos e maus .
v.36 Sede misericordiosos, como também é misericordioso vosso Pai.
- Devemos amar aqueles que nunca mostram amor para nós.
- Devemos fazer o que é bom para aqueles que nunca são bons para nós.
- Devemos emprestar para aqueles que nunca nos pagarão em troca.
- Devemos amar e fazer o bem ao nosso inimigo .
Sétimo princípio: Desenvolva amizades espirituais
Embora devamos amar e ajudar aqueles que são incrédulos ou que nunca poderão nos retribuir, é importante desenvolver amizades espirituais com eles.
Todos nós devemos ter amigos que possamos encorajar em seus relacionamentos com Deus e estejam dispostos a lhes indicar as áreas que precisam crescer.
Provérbios 27:17 diz: “Como o ferro com o ferro se afia, assim, o homem, ao seu amigo.”
Quem está aprimorando sua vida? Quem você está afiando?
RESUMO:
- Nossa carne prejudica a maneira como nos relacionamos com os outros.
- Devemos perdoar os outros como Deus nos perdoou .
- Devemos amar como Deus nos amou .
- Nosso objetivo deve ser servir os outros.
- Nossas palavras devem edificar as pessoas e não as desencorajar.
- Devemos ser amigos para com aqueles que não podem ou não querem fazer algo por nós.
- Devemos ter amigos que nos afiam espiritualmente.
- Leia Mateus 5:21-25; 38-48
- Devemos resolver nossas diferenças sem demora (v.25).
- Devemos amar nossos inimigos (v.44)
- Leia Efésios 4:17-32
- O fato de termos deixado nosso eu é a razão pela qual nossos relacionamentos mudaram (v.22).
- Quando não resolvemos nossos conflitos, entristecemos o Espírito (v.30).
- Leia Tiago 3:1-12
- Sem o Espírito Santo, ninguém pode domar a língua (v.8).
- bênção e maldição não devem sair da mesma boca (v.10).
- Leia Eclesiastes 4:9-12
- Dois amigos podem fazer mais trabalhos (v.9).
- Dois são melhores do que um porque eles podem ajudar um ao outro (v.12).
- Leia Mateus 18:21-35
- O que pediu o endividado? paciência (v.26)
- O que o rei ofereceu a ele? compaixão (v.27)
- Leia Mateus 5:21-25; 38-48
Tarefas:
- Sirva uma pessoa hoje.
- Faça um ato de serviço para alguém hoje.
- Pense em como você pode encorajar três pessoas esta semana com suas palavras. Não faça simplesmente declarações como: “Tenha um bom dia!”
Frutificando em tudo
A Semente: Nós procuramos trazer a presença de Deus em todas as áreas de nossas vidas.
Versículo chave Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus (1Coríntios 10:31)
Muitas pessoas consideram um relacionamento com Deus apenas como um evento dominical. Se estes eventos estão fora da “esfera espiritual”, estas pessoas podem até ter um breve encontro com Deus durante uns a cada quinze minutos, e só.
No entanto, nosso objetivo como seguidores de Jesus é viver em Sua presença, o convidando para estar presente em todas as áreas de nossas vidas.
História Bíblica
Na Bíblia, Daniel era um dos servos de Deus mais consistente e fiel. Embora ele certamente tenha pecado, não há menção de nada que possa ser interpretado como pecado em todo o livro que leva o seu nome.
Daniel 1: Quando Daniel e seus amigos eram adolescentes, foram levados cativos pelo Rei da Babilônia, Nabucodonosor, para serem treinados para servir em sua corte. Eles viajaram mais de 1.000 km para chegar lá.
Mesmo estando longe de sua terra natal e dos seus pais, Daniel não vacilou na fé em Deus. Por ter glorificado a Deus em tudo o que fez, conquistou o respeito do homem que o treinou.
Daniel procurou glorificar a Deus no que comia e foi autorizado a fazer isso por causa desse respeito.
Daniel glorificou a Deus em seus estudos. Ele e seus amigos excederam todos os sábios do reino.
Daniel 2: Quando ameaçado de morte, Daniel louvou ao Senhor e confiou em Deus. Como resultado, Deus revelou o sonho do rei a ele e deu-lhe a interpretação. Isso teve uma grande influência sobre Nabucodonosor.
Daniel interpretou um segundo sonho do rei (Daniel 4) e também interpretou uma mensagem misteriosa para o neto do rei (Daniel 5).
Daniel 6: Por ciúme, os inimigos de Daniel tentaram encontrar algo para acusa-lo, mas não conseguiram encontrar nada de errado em seu caráter. A solução foi enganar o rei para tornar a oração de Daniel a Deus algo ilegal, punível com o ser jogado na cova dos leões. Daniel não vacilou, mas continuou orando a Deus. Por causa disso, Daniel foi jogado para os leões famintos, mas Deus milagrosamente o manteve seguro.
Daniel 9: Ao ler o profeta Jeremias, Daniel descobriu que o cativeiro de seu povo estava para terminar. Ele imediatamente aplicou o que foi dito à sua própria vida e começou a interceder por seu povo.
Daniel foi escolhido para receber profecias detalhadas sobre os judeus. Ao receber essas mensagens, os anjos o chamaram de “muito estimado” três vezes (Daniel 9:23; 10:11,19).
Daniel, ainda serviu a cinco ou seis reis diferentes, realizando uma variedade de tarefas. Ele sempre teve o respeito daqueles a quem servia. Ele vivia em um ambiente hostil à adoração ao Deus verdadeiro. No entanto, ao longo de sua vida, glorificou a Deus em tudo o que fez.
- Daniel procurou glorificar a Deus mesmo estando longe de seu país
- Daniel tinha a habilidade de interpretar sonhos e visões.
- Daniel foi chamado para interpretar o sonho do rei
Considerando a sua vida
- Quais são as áreas de sua vida que você precisa entregar a Deus?
- O que Deus está ensinando você por meio de Sua Palavra?
- Como você tem visto seu relacionamento com Deus crescer?
Jesus é Senhor de tudo
Existem inúmeras áreas em nossa vida que precisamos entregar ao Senhor. Embora desejemos que Jesus nos guie, geralmente há um processo para descobrir como fazer isso.
Existem muitas admoestações na Bíblia, encorajando-nos a refletir a Jesus de forma consistente e prática.
O restante deste estudo é uma breve visão de várias áreas nas quais devemos nos render ao senhorio de Jesus diariamente.
Jesus é Senhor do meu Lazer
A vida certamente era diferente nos tempos bíblicos. Quase não há menção ao tempo de lazer e como se divertiam.
Certamente não tinham toda a tecnologia e o entretenimento que hoje nos distraem tão facilmente.
Paulo até mencionou que devemos fazer corridas e praticar outros esportes (1Co 9:24-27).
Sabemos que havia teatros para eventos públicos (At 19:29). Eles faziam festas com música e danças (Lc 15:25).
No entanto, não há instruções específicas sobre este assunto. Existem apenas algumas sugestões práticas para seguirmos:
Primeiro princípio: Todos nós devemos ter atividades de lazer para que possamos relaxar.
Deus deu aos seres humanos a habilidade de apreciar as artes e de se divertir. Todos nós precisamos relaxar e descansar nossas mentes. É por isso que Deus nos deu um dia de descanso. Acima de tudo, Ele deseja que aproveitemos a vida (Ec 8:15).
Segundo princípio: devemos ser moderados e não viver apenas para nossas atividades de lazer.
Nosso prazer é estar na presença de Deus (Sl 16:11). Hobbies, entretenimentos e diversão não devem consumir todo o nosso tempo (1Co 7:29-31).
Terceiro princípio: Nosso relacionamento com os outros é mais importante que o nosso Lazer.
As atividades de lazer são bem melhores quando as realizamos com alguém. Elas são uma ótima maneira de construir relacionamentos, seja com nossa família, com os seguidores de Jesus e também os que ainda não conhecem a Cristo.
Ao praticar um esporte ou qualquer outra atividade de lazer, ser competitivo não é ruim, mas o objetivo principal não deve ser apenas vencer.
Nosso relacionamento com os outros é o mais importante.
Devemos sempre mostrar respeito pelos outros e nunca humilhar nosso oponente.
Devemos expressar a glória de Deus em tudo o que fazemos.
Jesus é o Senhor do meu Tempo
Nem todos temos os mesmos talentos, finanças ou oportunidades. No entanto, todos nós temos a mesma quantidade de tempo. Cada um de nós tem vinte e quatro horas por dia. São tantas as passagens que falam sobre a vida ser como um vapor, indo embora rapidamente (Sl 39:4; 89:47; 102:3, 11; 144:4; Jó 8:9; 14:2; Ec 6:12; Is 40:6-7). Precisamos viver nossas vidas com isso em mente e não perder tempo e oportunidades que Deus nos dá.
Primeiro princípio: Aproveite seu tempo e as oportunidades
Paulo disse para nós: “remindo o tempo [oportunidades], porque os dias são maus.” (Ef 5:15-16). É fácil não percebermos o quanto o tempo passa diante de nós. O próximo princípio abordaremos como fazer isto.
Segundo princípio: Desenvolva planos e prioridades que sejam consistentes com seus objetivos.
- Desenvolva objetivos. – O que Deus quer que você realize? O que é mais importante?
- Faça planos. – Como posso implementar melhor meus objetivos?
- Tome suas decisões diárias com base em seus planos. – Esta é a parte mais difícil. Há tantas coisas acontecendo ao nosso redor que acabamos gastando muito tempo em coisas urgentes, mas que não são prioridades.
Terceiro princípio: tenha uma agenda.
Anote em algum lugar (celular, computador, agenda, etc.) seus compromissos.
Quarto princípio: as pessoas são mais importantes que sua agenda.
No nosso planejamento e na execução de nossas tarefas, devemos sempre priorizar os relacionamentos. Existem apenas duas coisas que são eternas: as pessoas e a Palavra.
Jesus é Senhor da minha Vida Sexual
O sexo é muito importante, mas muitas pessoas são dominadas e arruinadas por sua obsessão por ele. Infelizmente, nós que somos seguidores de Jesus, muitas vezes somos moldados pelos valores do mundo em nossa visão de nossas relações íntimas. A Bíblia nos dá princípios importantes para que possamos honrar a Deus em nossa vida sexual e ter uma vida plena de intimidade com nosso cônjuge.
Primeiro princípio: o sexo em si não é imoral
A primeira menção de relações sexuais foi antes da queda (Gênesis 2:24). A partir deste contexto, podemos supor que Adão e Eva experimentaram relações sexuais altruístas (sem interesses próprios) antes da queda. Sexo é um presente dado por Deus, puro e belo.
Segundo princípio: o sexo deve acontecer no contexto de um compromisso.
Embora seja belo e prazeroso, pode ser pervertido. Deus disse: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.” (Gênesis 2:24).
A ordem deste versículo é importante. É preciso haver uma separação dos pais para que o casal comece a se unir. Depois disso, há um compromisso público e legal de união do casal.
As relações sexuais antes do compromisso legal podem ser prejudiciais (gravidez, culpa, egoísmo, etc.) e podem impedir que o casal experimente e desfrute de um aprofundamento do relacionamento sexual por toda a vida.
Devemos sempre ter em mente que a relação sexual não é apenas a união de dois corpos.
Existe uma união emocional e espiritual também.
Terceiro princípio: um bom casamento é a chave para uma vida sexual satisfatória.
O mandamento da Bíblia para os maridos é que amem suas esposas e para as esposas é que respeitem seus maridos (Ef 5:33). Esta é a fórmula para um ótimo casamento e, como resultado, uma ótima vida sexual.
O mundo ensina o contrário. Diz que a chave para um ótimo casamento é uma ótima vida sexual. O que toda esposa deseja é que seu relacionamento sexual seja uma extensão de um relacionamento de amor e generosidade. Todo homem deseja ser respeitado por sua esposa em todas as áreas do seu relacionamento.
Quarto princípio: Sexo foi dado para aprendermos a desfrutar um do outro como casal e dar a cada um prazer num contexto de amor.
A alegria do casamento é: uma vida inteira aprendendo a agradar um ao outro em todas as áreas de nossas vidas, incluindo nossas relações íntimas. Podemos ser como Adão, nus e sem vergonha (Gn 2:25), tanto figurativa quanto literalmente.
Em Corinto, uma cidade conhecida pela imoralidade sexual, alguns membros da igreja aparentemente pensavam que as relações sexuais, mesmo dentro do casamento, eram de alguma forma mundanas e pecaminosas.
Paulo declarou muito claramente: “Não vos priveis um ao outro” e falou da responsabilidade que temos em dar prazer aos nossos cônjuges (1Co 7:3-5).
Quinto princípio: Sexo é uma metáfora da vida real do relacionamento de Cristo com a igreja.
A igreja é chamada de Noiva de Cristo (2Co 11:2; Ef 5:25-33; Ap 21:2,9; 22:17). Devemos nos esforçar para que nossas relações sexuais reflitam isso.
Muitos casais perguntam o que podem ou o que não podem fazer em suas relações íntimas.
Existem muitas práticas sexuais que são promovidas pelo mundo. Algumas são abomináveis e muito chocantes.
Por outro lado, existem algumas religiões que vão tão longe a ponto de proibir o simples prazer sexual um do outro.
Ao avaliar o que é certo ou errado, devemos considerar as seguintes questões:
- Essa prática retrata Cristo e a igreja?
- O que estamos fazendo, de alguma forma, viola nossa consciência pessoalmente?
- Estou sendo egoísta e buscando meu próprio prazer?
- Estou amando e honrando a Deus e meu cônjuge no que estamos fazendo?
Jesus é Senhor da minha Boca
Tiago nos dá uma longa discussão sobre a dificuldade de controlar o que falamos (Tg 3:1-12).
Paulo usa os pecados da nossa boca como evidência de que nascemos pecadores (Romanos 3:13-14).
O livro de Provérbios está cheio de advertências sobre o que dizemos (Pv 4:24; 6:2,12; 10:6,11,14,19,31,32; 11:9; 13:3; 16:23; 17:28; 18: 6-7; 21:23; 26:7,9, 28).
Podemos usar nossos lábios para louvá-Lo e encorajar os outros ou podemos destruir a vida das pessoas com o que falamos.
Primeiro Princípio: Pense e ore antes de falar.
Muitas pessoas reagem logo com a boca em vez de refletir antes de responder.
Geralmente, nossa primeira reação será precipitada (Pv 13:3), vindo da carne, ao invés de ser o fruto do Espírito que vive em nós.
Aqui estão algumas perguntas que devemos nos fazer há todo momento:
- O que estou dizendo é verdade? (Ef 4:25)
- O que digo vem da raiva ou da amargura? (Ef 4:26-27)
- As informações que estou dando são suficientes para que os meus ouvintes entendam? (Ef 4:29)
- O que estou dizendo vai ajudar a outra pessoa ou irá machucá-la? (Ef 4:29)
- Espírito Santo está me guiando a dizer isso ou o que estou falando está vindo da minha carne? (Ef 4:30)
- Quais palavras devo escolher?
Segundo princípio: Fale a verdade em amor.
Há ocasiões em que a coisa mais amorosa que podemos fazer é contar a verdade a alguém.
Provérbios 27:5-6 diz: “Melhor é a repreensão franca do que o amor encoberto. Leais são as feridas feitas pelo que ama, porém os beijos de quem odeia são enganosos.”
Quando precisar dizer algo difícil, considere cuidadosamente suas palavras:
- Não use palavras inflamadas como: nunca e sempre.
- Faça perguntas para entender antes de chegar a uma conclusão.
- Não acuse a pessoa de algo que pode não ser verdade.
- Tenha cuidado para não quebrar a confiança que a pessoa tem em você. Não diga, “fulano me disse que …”
- Seja humilde. Não pense que você é melhor do que a pessoa que errou.
- Jesus é o Senhor da Minha Reputação
Todos nós temos a ideia de que merecemos ser respeitados. É importante ter uma boa reputação. No entanto, Jesus foi envergonhado (Hb 12.2) assim como Paulo (1Ts 2:2).
Primeira Pedro 2:21-23 diz:
“Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos, o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca; pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, preparada não, mas entregava-se àquele que julga retamente,”
Precisamos confiar em Deus para defender nossa reputação. Nosso objetivo é promover a reputação de Deus e honrá-lo.
RESUMO:
- Atividades de lazer nos permitem relaxar e construir relacionamentos com outras pessoas.
- Devemos definir nossas prioridades no uso de nosso tempo
- Um bom casamento é a chave para uma boa vida sexual .
- Devemos pensar no que dizemos, em vez de falar
- Confiamos em Deus para defender nossa reputação
Nos próximos cinco dias, reflita sobre cada uma dessas cinco áreas e entregue cada uma delas ao Senhorio de Cristo.
Conclusão
Este estudo incluiu muitos princípios práticos para produzir frutos como resultado das “disciplinas raízes” (adoração, a Palavra, oração e comunhão).
Princípios são diretrizes que devem ser seguidas no poder do Espírito Santo.
Princípios não são regras.
Nosso desejo é que o senhorio de Cristo esteja em todas as áreas de nossas vidas.
Provérbios 3:5-6 diz: “Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.”
Devemos confiar nEle em vez de em nós mesmos e envolvê-lo de todas as áreas das nossas vidas.
Ao nos submeter ao Seu senhorio, Ele promete guiar-nos de acordo com Seus princípios.
DEUS O ABENÇOE!
Frutificando pela Intimidade com Deus, Bruce Triplehorn, Editor
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